Não era apenas mais um dia: Para ela ele marcava o início de uma nova vida, de uma nova fase, de uma nova forma de ser. E, finalmente, tinha chegado, depois de um ano de dias marcados no calendário: Ela o veria em poucas horas.
Olhou e fechou cada mala, e a cada passo que dava em direção a porta ela se sentia mais livre, como se a felicidade tivesse data e hora para acontecer, ligou para a melhor amiga e disse que ia passar um tempo fora, mas que voltaria para a formatura, tirou a foto deles que estava grudada em sua mural e se despediu de seu quarto.
Não proferiu uma palavra durante todo o caminho até o aeroporto, abraçou seus pais e seu irmão mais novo, lutou para não chorar e seguiu em frente.
Quando o seu vôo foi chamado um misto de alegria e tristeza tomava conta do seu pequeno corpo, mas algo sempre a dizia que era hora de seguir em frente.
Quando chegou até o seu destino ele estava lá, com o mesmo sorriso que parecia secar qualquer lágrima e as piadas que ela tinha aprendido a amar, ela o abraçou ternamente e disse baixinho que agora o seu coração e o seu corpo estavam no mesmo lugar.
E ele a rodopiou e lhe disse:
-Eu venho até esse portão todos os dias, desde que você foi embora.
E ela, já com lágrimas nos olhos, perguntou:
-Mas o que você vem fazer aqui?
-Só assim eu sinto que tudo o que a gente viveu foi real e isso me dava esperança que eu teria você aqui comigo.
-O meu coração sempre será seu
-Assim como todo o meu amor.